1.23.2011

QUINARA - O TESOURO DO INCA.








Quinara. Os moradores relatam a caminhada de sete mil incas que carregavam o tesouro dos Templos do Sol, do reino de Quito, indo por essas trilhas, habilmente construídas, com destino a Cajamarca: ouro para o resgate de Atahualpa. 
Quando um grito de dor ecoou pelas terras do Tahuantinsuyo: "Chaupi punchapi rutayaca!”, “Anoiteceu ao meio dia! - grito que, desde a cidade de Cajamarca se estendeu pela terra. Com a notícia da morte de Atahualpa, Quinara, capitão de seu exército, enterrou, no próprio vale que estavam atravessando, o ouro que levava, daí surgindo o nome do lugar.

O Vale de Quinara está situado a uns cinquenta quilômetros da cidade de  Loja, a sudoeste, no Equador. O lindo lugar é explorado, turisticamente, misturando a beleza das flores exóticas a construções coloniais transformadas em hospedarias. Chega-se a Quinara através dos vales de Malacatos e Vilcabamba. 


De Loja podemos pegar um ônibus no terminal rodoviário ou um táxi-ruta, que transportam turistas até a cidade. De carro, os turistas têm duas opções: 1) estrada Loja - Vilcabamba - Masanamaca - Quinara, uma hora de distância. 2) A estrada Loja -Vilcabamba - Linderos - Tumianuma - Quinara, que leva uma hora e meia. O Pilar do Inca, as Pilastras do Inca e a Caverna do Inca, são lugares para se visitar. 


Quinara está a 1.300 metros acima do nível do mar e tem uma temperatura média de 21  graus centígrados. O  vale é  um lugar  ideal para  se  viver: clima  temperado,  ar fresco, alimentos orgânicos que permitem aos moradores uma vida longa e tranquila; um deles  tem mais  de cento  e  doze  anos,  tendo  passado sua  vida rachando lenha e 
plantando; comendo, apenas os alimentos que produzia...........

Esse clima bucólico embala uma das lendas mais tradicionais do lugar, muito contada pelos moradores das velhas casas das fazendas do povoado. Ainda restam as pedras removidas em escavações realizadas pelos caçadores de tesouro. A lenda do tesouro perdido começa em Quinara, onde empresários nacionais e estrangeiros tentaram desenterrar o ouro de Atahualpa que, segundo relatos, está em algum lugar do Vale banhado pelo rio Piscobamba. Até ali chegaram muitos historiadores que afirmam que "el mascarón", uma rocha de três faces, marca o lugar onde o tesouro está enterrado. A rocha está como base de uma antiga casa de fazenda, cujo proprietário tinha a fama de possuir uma parte do cobiçado tesouro que, no entanto não teria sido encontrado na totalidade.
O primeiro dono do imóvel foi Amador Eguiguren e depois de sua morte, seu filho Manuel Enrique. Anos mais tarde, com a reforma agrária, a fazenda foi dividida, sendo que, logo depois, Manuel também faleceu.
Os vestígios das escavações realizadas, ainda, permanecem no local, de onde Huasaque é um dos setores mais revirados: no conglomerado existem várias esculturas esculpidas pela ação do tempo.
É só falar com um dos habitantes para descobrir a história dos "siete huangos"( sete peças de ouro), ou carregamentos de ouro, enterrados em Quinara; percorrendo a velha Trilha Inca que passava pela Tuna, o Pico Azul e o Charalapo, todos lugares assim chamados em homenagem aos Incas. 
Quinara, estava bem perto de Cajamarca, já passara Cuxibamba e agora estava superando Vilcabamba (Wilcopamba), quando surge a notícia do assassinato de seu imperador. Ele descarrega a enorme carga de ouro que ele transportava, define um ponto concêntrico equidistante a um comprimento de som de apito a partir das três faces da rocha em três montanhas que cercam o vale sob as dobras da serra. Nesse ponto específico, ele enterra o tesouro, juntamente com as llamas. Antes devolver o ouro a Pacha Mama, do que aos traiçoeiros espanhóis.